Skip to content

derrame (de)leite

http://picasaweb.google.com/s/c/bin/slideshow.swf

signos

a partir de uma construção simbologica com numeros e imagens, construi uma ação que denomino de “derrame” onde em um espaço publico (provavelmente na Pedra do Ver-o-Peso) abro o balde de leite e derramo leite sobre seis signos sobre mim

sobre tais e ais:

O performer linka seu work in process com a numerologia de seu nome e data de nascimento, horóscopos virtuais, imagens relacionadas ao significado de seu nome, além do balde de leite, o derrame desse leite, a relação do artista com esse branco lácteo, o corpo transformado, o publico e o privado, o corpo publico, e a partir daí encontra objetos/signos:

Balde de leite: sonhosprojetosinfosconhecimentotátudodentro balde/leite pra todos. Pra se derramar sobre:

Cântaro: Jesus transforma água em vinho

Vaso de Cerâmica: Leite da Mama Mãe Terra Mãe Amerindia

Copo de leite: Diarréia Diarréia (Helio Oiticica)

Privada: Gozo de/leite. Pegação no banheirão

Tigela: Gata tomando leite

Alguidar: Banho de Leite lmabuzar-se de/leite

e de um emaranhado de links me ative em dois que me definiam comportamentos a partir de numeros e nomes. e me ative ao numero 6.  ao menos o horaculo virtual me desejou isso. e foi onde estive e consultei mais.

o mais engraçado q reconheci em mim mta coisa, na verdade td referente aos pontos negativos a serem considerados para pessoas que possuem o numero 6 no seu nome:

negativos: utopia, mártir, ciúme, ciúmes, ressentimento, dificuldade em aceitar a realidade

não sei se considero negativos os pontos. mas q são bem parecidos comigo, olha… só pra quem me conhece.

e agora na verdade todos me conhecem, pois nem q eu não queira, já expus metade da minha vida aqui e já sou

#medo

publico, e sou registro e info e dados e links e frames e ternos dedos dedilhando coisas que nem se quer sabe se se garante fazer…

bal/de/lei/te

Balde cheio de leite… e eram três…

quando minha mãe me contou esse sonho e até hoje ele está bem claro, lembro q ela relacionava todo esse leite com conhecimento, aprendizado. e ela me falou muito triste, pois no sonho eu já havia derrubado dois, faltava só um, e ela enfatizava q os que eu havia derramado eram cursos q eu havia abandonado na epoca.já passei por varias experiencias, varios cursos. já fui da AFA já toquei piano super bem, já fui professor da Escola Biblica Dominical da igreja que frequentava. e fui abandonando varios cursos pela metade, e não terminando outros. parecia que aquele sonho de não derrubar o ultimo balde de leite era ter q terminar algum curso, e não deixar tudo ir pelo esgoto, pois depois não adianta chorar pelo leite derramado.

os sonhos imageticos de minha mãe sempre me encantaram, eram cheios de misticismo e admoestações que vinham depois dela os interpretar. este sonho – dos 3 baldes sobre a mesa, e eu brincando com os tres, derramando dois, quase pra derramar o ultimo – me fixou muito a cabeça, por bastante tempo.

das reflexões:

o leite para mim é alimento pro bebê se desenvolver, é conhecimento/informação sendo adquirido, é deleite…

Um balde contendo leite dentro estará em um ponto fixo esperando SM carrega-lo até o encontro com seus signos

SM se relaciona com o leite a partir de impressões do artista e impressões construidas coletivamente com os interventores/artistascriadores.

não pode!

o publico/privado. sempre a mesma tecla. este trabalho novamente me coloca nesse questionamento desde quando proponho abrir paginas da minha vida na grande rede até o instante que preciso por questões esteticas atravessar por dentro da EStação das Docas em uma ação interventiva. Quem já foi a estação com certeza apreciou a baia e o por do sol. Sofia Mezzo também quer sentir essa sensação, conhecer este espaço publico tão comentado como turistico. A preocupação é: Irão deixar Sofia Mezzo passear livremente pela Dondoca? Esse espaço realmente é publico? Este é um desafio ja previsto na ação: atravessar a Estação das Docas. Talvez o atravessar seja o mais facil e eu querendo complicar coisas…

Para quem não conhece a estação das docas: este espaço era região portuaria, pertencente a CDP, foi concedido para o governo do estado para utilização como espaço de cultura e lazer. obviamente o espaço tornou-se elitista, e apesar de as vezes ocorrerem shows teatro e filmes bem interessantes por preços baixos ou gratuitos, a grande massa não é frequentadora do lugar pelo espaço ter a imponencia de um local de publico seleto, e os preços para consumação de comidas e bebidas é bem elevado para o padrao popular.

montagem

Montagem é a transformação corporal e de personalidade do transexual/transformista/travesti/drag-queen. É ritualistica, e como descreve Gadelha: “pintados, travestidos e adornados às mil maneiras muitos dos corpos dessas personagens se apresentam como verdadeiros artefatos rizomáticos”.

Neste projeto a montagem é a construção corporal da personagem q o artista irá encenar. Esta construção será feita pelos artistas criadores que se proporem a interferir no corpo de Sofia Mezzo, desde que mantendo a integridade do corpo do artista q a representa. O corpo de Sofia Mezzo não é composto somente de adereços e trejeitos, mas principalmente de (re)ações que surgem a partir de (re)ações de artistascriadores.

Click to access Jose_Juliano_B_Gadelha_61.pdf

artistacriador

Toda e qualquer pessoa – transeunte, feirante, passageiro e/ou motorista de transporte publico ou privado – que por um instante de tempo contemplar a ação/obra é considerada platéia/espectador. Todo e qualquer espectador que de alguma forma interfira/intervenha na ação/obra de modo direto e/ou indireto e transforme a ação de modo a (des)construi-la em seu processo de montagem é consideradoo artistacriador. A todo artistacriador é considerado o direito de alterar a ação vendo-a como obra de arte moldável, tanto esteticamente no corpo montado de Sofia Mezzo e/ou no seu próprio quanto na ação propriamente dita e resignificação de signos. A ação performatica é montada conjuntamente, e agrega-se ao ambiente imerge no espaço rua e dialoga.

sobre numeros

e estava discutindo dia desses sobre numeros e pesquisando descobri que não era nada do que imaginava na logistica numerologica como se contar o meu nome.

das contas q obtive pela net

COMO CALCULAR A NUMEROLOGIA DE SEU NOME COM APENAS UM CLIQUE!!!

aí descobri varios numeros pra mim. de piorf a p.o.

pra quem não entende também não posso explicar. tds somos códigos decifraveis ao outro a medida que se aprofunda a convivencia. e este projeto eh convivencia experimental da vida do artista com a rede. a vida do artista em livro livre pra se pixar e riscar e re-corrigir.

são os numeros…

será q jogo na mega-sena?


por a caos

estive em um trabalho, o Por a Caos, que foi apresentado em agosto e setembro desse ano, e me colocou a prova a respeito do falar sobre mim mesmo. a ultima cena do espetaculo é um dos atores entrarem no palco e revelarem um pouco de suas vidas. falarem sobre suas escolhas, suas opções pessoais em meio a tantas possibilidades. essa cena foi muito dificil de ser feita. tanto é que não consegui faze-la nunca. na verdade uma vez a fiz ao publico, e foi um fracasso. me sinto total inibido em deitar coisas sobre mim msm, e acho q a ação explica tudo melhor. mas me vê como são os fatos e o acaso, q justamente esse trabalho me indica: desde uns anos atrás me proponho a fazer um trabalho no dia do meu aniversario a respeito da minha produção e uma releitura de um sonho tido pela minha mãe. e no ano q vou completar 33 ans proponho apresentar algo na rua, e acontece um espetaculo, e eu to dentro do processo, e no meio do processo vc tem q falar ao publico sobre vc mesmo e suas escolhas e suas opções. e eu no ensaio recorri pro poema, pra onde sempre fujo.

DEPOIMENTO

tenho uma novidade p contar p vcs
mas antes de contar, queria dizer que este processo me surpreende/bifurca cada vez mais
to td partido em frames linkads/mergulhados num lamaçal de espaços/dimensões/quartos/quartas/quintas/sei lá até onde vai

admoestarei meu filho a ser um bom menino, e deixar as palavras cairem como elas queiram/poracaso

e formem o que formam
seja o que seja:
já saiu
assim que faço.
morria de medo de falar assim.
vinte segundos pra escrever pra correr pra conseguir detalhar
um microsecond preciso de palavras incertas correndo nas veias despencando chãos já me senti sem cem diversas vezes.
e já foram tantos chãos que por isso acho que misturei tudo num bolor de (in)matéria e (in)aperfeiçoamento de eu e mim mesmo

preceitos religiosos
ensaios fatigantes
disciplina de treinos marciais

era pra eu ser um
homem de fé
era pra eu ser um
homem de honra
era pra ser um
artista

agilidade de dedos
relações
eloquência

pra acreditar em Deus
pra aprender matemática
pra ser mais acessível

adoro esse numero 3

pra não se fechar
pra não ler qualquer coisa
pra não te ouvir

há dúbias/triplas alternativas que não coincidem e estão juntas
não sei te explicar

tu acreditas que “as más companhias corrompem os bons costumes”?
“Diga-me com quem andas que eu te direi quem és”
“Se a todos os condiscípulos te julgas superior; sê mérito esforça e aplica-te sem ostentar teu valor”
………………………………………
ah!
ia esquecendo…

agora sou engenheiro.

arredão

e disse a mãe:

“eis que te via sob mandrágoras e dromedários jasmim carmim entrepastos entrepassados, e te dispunhas em baldes… em baldes baldes de leite se liquefaziam e jaz temiam. ou temiam o jaz? q mais me importa? e sobremesa alta mesa sobre sobressalente sobre saliente que se enturmou a querer balançá-la desabá-la. e temi prantos, lembro-me perfeitamente. e te dizia: ‘segura o leite’, porque desta forma é a norma forma enorme onde se assa pães asmos enformados. e te digo, segura o leite, pois desta forma, a farta farpa rata que te corrói veias será suplantada e não mais te admoestarei para que segures o leite.”




e eram três baldes sobre a mesa tenra mesa de pernas grossas macho viris. em riste de quatro sustentavam arcas marcas e procissões. e em tal momento, frente a precipícios caminhos e distraídos se via a sustentar três jarras jorros de leite deleite enfeite dentro e fora de mim.




e disse mãe:

“e ao pores uma como adorno cabeça, ‘com baldes não se brinca’, logo disse e teimosamente enfiaste aos teus sensores pueris trama de se querer quedar em brincadeiras gostosas sobre leite. que mistura afã.

reclamo aos céus as sobrepujações que um dia tive e continuo tendo… não pode ser meu erro, e nem minha estima que o tenham devorado. talvez a condenação ao que se desperdiça a tenha dominado de tal forma que nem ele se dê conta de tamanhos baldes que em risco se põe a balançar!”




eram três baldes…





da árvore que o bloco deu, do suor másculo de braços fortes a cortar puxar talhar afrouxar alinhar aplainar empenar depenar madeiriço fronteiriço, já tarde disse isso: ‘que vários verbos são meras merdas’. o vôo de costas entre mesa e céu. as marcas de chuva na pele azul. caleidoscópios em manchas de ébano e marfim.




entre infindo e chão madeira estava o leite.




eram tres baldes…




e disse mãe:

“não vedes que a tormenta de tua vida é pôr-te a balançar ancas sobrepujadas em diretrizes escandalizantes e que tua fé em ti é hóstia de angústia e dor???”




pó de até ser. pó de até existir. quero aspirar sensações. e dou-te vidas e amargos ais. se te esbaldas em baldes ou achas desperdício, te dou suspiro de más alucinações ou loucuras de avantajar olhos e lavar calçada.




?




e disse mãe:

“pois quando se balançava se via leite servia deleite a olhos que desejavam ver cair, mas eu não! disse há séculos, laticínio, que se entornas o leite aos porcos, a quem irás amamentar?”




salve leite salve lei de desejar beber mais.




sal vi mesmo desabar em campos. e tudo ressecar. sal e leite aquece estômago. só teu deleite permanece insano. e minhas mãos param, se estendem em direção ás às que tem fome e sede de leite.




e disse mãe:

tsc tsc tsc

humpf. humhum…

(respiração profunda de desaparecimento d’alma)”